Estamos vivendo
na era da informação, mas não na era do conhecimento.
Os avanços
constantes da tecnologia permitem que cada vez seja mais rápido e fácil ter
acesso à informação. Em questão de horas, ou até menos tempo, uma notícia que
se passou no Japão se espalha pelo mundo todo por meio da internet.
Acessar,
produzir e compartilhar informação não é mais privilégio das elites, qualquer
pessoa tem autonomia para fazê-lo usando as diversas redes sociais, diferentes
mídias e recursos tecnológicos.
Mas além de
acessar a informação, é possível também compartilhá-la, posicionar-se criticamente
diante dela, reconstruí-la ou produzir novas informações e aí sim poderíamos
dizer que houve construção de conhecimento.
Por que o
conhecimento surge a partir de como você decide usar a informação obtida. Se
você recebe a informação e não produz nada a partir dela, não age a partir
dela, não muda nada a partir dela, não pode dizer que adquiriu conhecimento, só
que adquiriu uma informação.
A internet é
como um livro sem fim, de toda e qualquer matéria, e que já vem com um
professor universal embutido. Imagina a quantidade de coisas que alguém poderia
aprender se soubesse e decidisse utilizar esse recurso com consciência,
curiosidade, foco e pensamento crítico.
Nesse contexto,
com certeza a escola de hoje precisa se adaptar e usar em benefício do
aprendizado as tecnologias da educação. Talvez o que se aprende na escola e a
maneira como se ensina na escola não correspondam às reais necessidades da sociedade
do século XXI. Sendo um mais pouco radical, talvez algum dia a escola não seja
mais necessária porque as pessoas aprenderão tudo praticamente sozinhas, por
meio da internet e dos recursos tecnológicos.
Mas infelizmente
o que tem acontecido é um bombardeio de informações vindas de todos os lados,
principalmente da internet, mas que não se transforma em conhecimento porque as
pessoas estão ocupadas demais curtindo, cutucando, postando, seguindo,
twitando...
Não há tempo a
perder com aprendizado significativo quando nas redes sociais há milhões de
fotos, mensagenzinhas fofinhas, montagens irônicas, gifs engraçados, para
postar, curtir, comentar, compartilhar; amigos pra adicionar, seguir, cutucar;
vídeos estúpidos para baixar ou enviar...
Há quem defenda
a tese, ou desculpa, de que as redes sócias servem para conhecer pessoas, fazer
amigos. Mas com 500 amigos na sua página, não há tempo para falar
suficientemente com todos e poder dizer que os conhece, muito menos para dizer
que são amigos. Sem falar que as pessoas tendem a assumir identidades
idealizadas nas redes sociais, então você pode achar que conhece alguém e não
conhecer de verdade.
Durante muitos
séculos as pessoas lutaram para ter direito e acesso ao saber, e agora que há
uma ferramenta para isso: a internet, as pessoas continuam se deixando alienar.
Estão vivendo num mundo literalmente virtual porque a sensação de estar
conectado com o mundo não passa disso mesmo, uma sensação. A verdade é que
estão todos entretidos diante de uma tela enquanto as verdadeiras mudanças são
orquestradas, sem questionamento, pelos que detém o poder.
O mundo ainda é
lá fora.
Uma luz no fim do tunel: Um dos termo mais acessado no Google no Brasil é "como excluir o Facebook". Leia a notícia completa aqui.
Sim Claro... Sabemos que ha a alienação econômica intelectual e é claro também os que buscam o chegar ha lugar nenhum como é o caso do Curta e propaga... O Filme Tempos Modrnos de 1936 Charle Chaplim. Ja visualizava este fenomeno. José Almirante.
ResponderExcluir