terça-feira, 18 de junho de 2013

Lenda em forma de Cordel: A lenda da vitória-régia


Texto do Cordel produzido pelas alunas Natália Nascimento Marques e Vanessa de Melo Peixoto do 7o ano 13.

A lenda da vitória-régia




Esta lenda é muito antiga

É indígena a sua origem

Lá no começo do mundo

Ela seduzia as virgens

Na tradição guarani,

Contava a língua Tupi

Das moças que se encantavam

Pelo brilho de Jaci.



Assim contavam os pajés

Que quando a lua gostava

De uma moça donzela

Em estrela a transformava

E parecia descer

A serra e se esconder

E com ela namorava.



Naiá, a filha de um chefe

Cresceu ouvindo essa lenda

Contada pelo povo

À noite em volta da tenda

Ela com sua beleza

Era da tribo a princesa

E do pajé sua prenda.



Porém a bela Naiá

Quando essa história ouvia

Ardia-lhe o coração

E planos ela fazia

De ir namorar a lua e de um dia ser sua

Pensativa ela vivia.



E quando chegava a noite

E a tribo silenciava

Caindo em profundo sono só Naiá não se deitava

Saia na manta a dentro

E em uma linda paisagem

Pela lua procurava.



Pois a princesa queria

Ser transformada em estrela

E no alto das colinas

Ela procurava vê-la.

A lua ela perseguia

Mas a Jaci não lhe enxergava

E desgosto ela sentia



Por mais que ela perseguisse

E desejasse a lua

Não conseguia ser vista

E nem ser amada sua

Não tirava da cabeça

A esperança não perdia

De se transformar em estrela

E se encontrar com a lua um dia



E durante muito tempo

Roda noite ela saía

Numa tristeza profunda

E soluçando caía

Sobre o tempo debruçada

Chorando angustiada

Que de longe se ouvia.



Mas a lua indiferente

Parecia não notá-la

Majestosa lá no céu

Não ouvia aquela fala

Da índia que ali vivia

E em amor se consumia

E a pobre moça se cala.



Porém numa noite clara,

De Naiá, na mata a dentro,

E refletida num lago,

A lua a dor lhe acalentava

Mostrando sua face bela

Naiá reconhece nela

O fim de seu tormento.



E vendo aquela imagem

De beleza refletida

Na clara água do lago

Naiá sentiu-se querida

A pobre moça chorando

Viu a lua lhe chamando

Para lhe dar a guarida.



E sem pensar duas vezes

Naiá no lago entrou

Mas o lago era fundo

E a lua não encontrou

Pois era só um reflexo

E aquele amor complexo

A sua vida levou



Daquele dia em diante

Só se ouvia falar

Na princesa guarani

A mais bela do lugar

Que no lago se perdeu

E pela lua morreu

A doce e bela Naiá.



E conta a lenda que a lua

Não sabendo o que fazer

Para recompensar a morte

E acalmar o pajé

Presenteou sua gente

Com uma estrela diferente

Para cumprir o seu dever.



A planta Vitória-régia

Até hoje é chamada

Estrela das claras águas

E a Naiá dedicada

E à noite enfeitando o lago

É o amor que foi pago

Da moça apaixonada.



Pois o amor de Naiá

Sincero e inocente

Mereceia ser lembrado

Por toda aquela gente

E com flores perfumadas

Flores brancas e rosadas

Lembra a estrela cadente.



E foi assim que nasceu

Essa planta muito bela

De noite tem flores brancas

De manhã ficam mais belas

E tais flores perfumadas

De brancas ficam rosadas

Como a pela da donzela.



Na região amazônica

Encontramos essa flor

Da planta Vitória-régia

Representando o amor

De uma jovem guarani

Que lá na tribo Tupi

Pela lua se enamorou.


2 comentários:

  1. essa lenda esta mim servindo muito pois eu estou fazendo um trabalho sobre lendas e vou fazer essa obg quem postou Ameii </3

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