No poste anterior mostrei o vídeo-slide do livro "História de amor" de Regina Coeli Rennó, vídeo esse que inspirou uma de minha aulas em 2012 e resultou na produção de lindo contos pelos meus alunos. Veja a seguir algumas dessas criações.
Na sua recriação do
conto de Regina Colei Rennó, a doce aluna Beatriz constrói o enredo através de
metáforas inusitadas e sutis revelando a sensibilidade e o romantismo do
coração de uma menina-moça. Talvez essas imagens tenham sido criadas sem muita
consciência, mas isso não tira o encanto pueril da produção, uma vez que a
imaginação, a criatividade por vezes não é voluntária, mas sim fruto da
inspiração subjetiva.
História de amor
Beatriz Barbosa
Figueiredo – PAV II – 2012
Era uma vez dois lapisinhos, um
era azul e a outra era vermelhinha. Os dois lápis se amavam entre a lua e o
mar.
Eles viviam muito felizes na sua
casinha tão pequenininha, num lugar no meio do nada. O dia estava chuvoso, o
céu inocente. Eles dormiam para que o amor pudesse acordar mais lindo do que
nunca.
Chegando a noite, a lua se
iluminava quando os dois se encantavam. Noite de paz, namoro doce. Naquele
momento surgiu uma lapisinha amarelinha e o lápis azul se apaixonou
completamente e resolveu deixar o seu grande amor verdadeiro.
A lapisinha vermelha ficou muito
desapontada de ver o seu grande amor partindo para bem longe com a outra. Então
ela resolveu voltar para casa, mas aquele lugar não tinha mais aquele encanto,
o céu se fechou sem com e sem amor. Ela, tão só, pensava nas coisas mais sem
noção, como enviar uma carta e até apontar o lápis amarelo.
O seu coração magoado, sem cor,
sem amor, mas a dor... Então ela resolveu mandar uma carta para que o vento
pudesse levar e o seu coração pudesse voar bem alto.
O mundo ficou vazio, a lua sumiu
no meio do nada, então ela decidiu ir embora. Ela destruiu a casa que não tinha
mais vida e cor, foi-se partindo entre o mar e o passado, indo embora, ela
naquele barco tão só.
O lápis azul resolveu voltar
arrependido, mas naquele momento o seu grande amor estava partindo pelo mundo e
a sua casa toda estragada. Ele sentou vendo que o seu amor estava indo embora
para nunca mais voltar.
Ele chorando até anoitecer, a
lapisinha vermelhinha sumiu no mar. À noite, nunca mais a lua vai ser a mesma.
Fim.
Ame
muito, mas ame a quem mereça o seu grande amor.
A romântica aluna
Cíntia utilizou os mecanismos da intertextualidade para criar a sua própria
versão do conto de Regina Coeli Rennó. Seguindo o mesmo enredo, mas mudando
alguns elementos narrativos, como os personagens
e o cenário, ela deu literalmente asas a sua imaginação e produziu uma nova
história com um final tipicamente feliz para suas borboletinhas.
História de amor
Cíntia Alves dos Santos
– PAV II – 2012
Era uma vez, duas borboletinhas,
um era azul a outra era vermelha.
Os dois se amavam muito, eles
voavam alegremente nos campos, olhando as flores lindas e cheirosas.
A noite vinha e eles se acolhiam
dentre de uma das flores que se fechava, e dormiam abraçados.
O dia chegava, e os dois acordavam,
sonhando em ficar juntos todos os dias e noites. Eles foram passear pelos
campos de jasmim. Mas que bom dia para se passear.
Mas um dia veio uma borboleta
muito bonita, com grandes asas roxas e antenas atentas. A borboleta azul se
apaixonou pela grande borboleta, eles foram embora, ele nem se lembrou de seu
amor pela borboleta vermelha que sempre encantava seus dias.
A borboleta vermelha foi embora,
tão triste, tão sozinha, com saudades de seu amor. Ela ficou esperando o seu
amor voltar, naquela mesma flor que eles ficavam juntos abraçados.
Um dia a borboleta azul viu que
a sua nova companheira roxa não era o seu verdadeiro amor. Viu que ela fora
embora com outro borboletão. Então ele ficou triste e quis voltar para o seu
amor antigo.
Mas a borboleta vermelha ficou
tão triste que a flor em que ficava morreu de tanta tristeza e ela resolveu
partir para nunca mais voltar.
A noite caiu e a borboleta foi
embora com muita saudade de seu amor, mas a borboleta azul já estava chegando
para alegrar as noites frias e as tardes tristes.
A borboleta azul correu bem
rápido em direção à flor e viu que ela não estava, então correu rápido para o
campo e viu o seu amor e voou muito alegre em direção a sua amada.
Os dois voltaram para a flor e
prometeram um para o outro que nunca mais iriam se separar. Eles tiveram muitos
filhos e viveram felizes para sempre.
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