Plano de aula
Língua Portuguesa Rita Vasconcelos
Turma: 6º ano 1 Duração: 8 aulas
Tema: Moral da história
Justificativa:
Na análise das avaliações do segundo bimestre, observou-se que a turma, em
quase sua totalidade, não assimilou completamente com se constrói a moral de
uma fábula. Embora compreendam que “moral” seja uma espécie de lição que se
obtém a partir de uma história, os alunos não conseguiram formular uma
conclusão, ou seja, uma “moral” para a fábula trabalhada. Dessa forma faz-se necessária
uma intervenção nesse sentido.
Objetivos:
·
Identificar o gênero
e a função de um texto: fábulas.
·
Identificar o
sentido global de um texto: moral da história.
·
Inferir informações
implícitas no texto.
·
Produzir fábulas.
Recursos:
·
Cópias das fábulas.
Avaliação:
·
Correção dos
exercícios.
·
Correção das
produções de texto.
·
Apresentação de
teatro de fantoches.
Práticas:
1.
Ler fábulas e
reconhecer suas características em comum.
2.
Formular,
coletivamente um conceito para os textos desse gênero (fábula) ressaltando suas
características e sua função.
3.
Relacionar
enunciados que representam as “morais das histórias” às fábulas correspondentes.
4.
Ler fábulas e
formular suas “morais”.
5.
Criar fábulas a
partir de “morais” pré-estabelecidas.
6.
Criar fantoches
baseados nas fábulas criadas.
7.
Fazer a encenação no
teatro de fantoches, das fábulas criadas.
O veado vaidoso e os lobos
_Os meus chifre são realmente lindos, maravilhosos; mas minhas pernas não combinam nada com minha beleza. Acho que são grandes e muito finas; realmente, a natureza não foi justa comigo.
Naquele exato momento avistou uma matilha de lobos que vinha em sua direção. Não pensou duas vezes e saiu correndo; os lobos ainda tentaram pegá-lo, mas não conseguiram.
Depois de uma longa corrida, parou para descansar, e então pensou:
_Acho que a natureza não errou; foi graças às minhas pernas finas que consegui salvar-me; esses lindos galhos da minha cabeça só atrapalharam. Se não fosse pela sabedoria da natureza, teria virado jantar dos lobos.
Moral: Cuidado com a vaidade, pois nem sempre a beleza tem serventia.
A lebre e a tartaruga
Havia uma lebre que vivia caçoando da lerdeza da tartaruga.
Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre muito segura de si aceitou prontamente.
Não perdendo tempo, a tartaruga pôs-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada toda sorridente. Moral: O excesso de confiança pode nos impedir de atingir nossos objetivos.
Após ler as fábulas, responder às questões a seguir:
1. O que os dois textos têm em comum?
2. Que tipo de texto tem essas características?
3. Qual é a função desse tipo de texto?
Atividade 2: Relacionar enunciados que representam as “morais das histórias” às fábulas correspondentes.
- Enunciados:
- Não adianta esperar agradecimentos de quem é naturalmente ingrato.
- Muitas vezes temos de pagar caro pelo nosso egoísmo.
- Elogios demais pode ser sinal de inveja.
- Não devemos julgar que nossos problemas são os mais importantes do mundo, sempre há alguém
- com um problema maior.
Texto 1
A raposa e o corvo
A raposa observando-o de longe sentiu uma enorme inveja e
desejou de todo, comer-lhe o queijo. Assim pôs-se ao pé da árvore e disse:
_Por certo que és formoso, e gentil, e poucos pássaros há que
te ganhem. Tu és bem-disposto e muito falante; se acertaras de saber cantar,
nenhuma ave se comparará contigo.
O corvo, soberbo de todos estes elogios, levanta o pescoço
para cantar, porém abrindo a boca o queijo caiu-lhe.
A raposa apanhou e foi-se embora, ficando o corvo faminto e
traído por sua própria vaidade e ignorância.
Texto 2
O cavalo e o burro
Um
cavalo e um burro iam caminhando por uma estrada, seguindo seu dono.
O
cavalo não levava nenhuma carga, mas a do burro era tão pesada que ele mal
podia andar, e por isso pediu ao seu companheiro que o ajudasse a levar uma
parte dela.
Mas o
cavalo, que era egoísta e de mau comportamento, negou-se a prestar ajuda ao
pobre burro;
Não
demorou muito e este, de tanto esforço, caiu quase morto no
caminho.
O dono
até que tentou aliviar a carga, mas ele já não tinha forças nem para andar.
Então o
dono dos animais resolveu que o cavalo deveria continuar o caminho com aquela
carga.
Assim,
o cavalo que não quis ajudar o burro, teve de levar sozinho todo aquele peso
até o final.
Texto 3
As Lebres e as
Rãs
E como viviam, na maior parte do tempo, com medo de tudo e de todos, temendo até a própria sombra, frustradas e cansadas, resolveram dar um fim às suas angústias.
Então, de comum acordo, decidiram por fim às suas vidas. Concluíram que esta seria a única saída para tamanho impasse, e que apenas assim resolveriam, de forma definitiva, todos os seus problemas e limitações.
Combinaram então que se jogariam do alto de um penhasco, para as escuras e profundas águas de um lago.
Assim, quando correm para o lago, várias Rãs que descansavam ocultas pela grama à margem do mesmo, tomadas de pavor ante o ruído de suas pisadas, desesperadas, pulam na água, em busca de proteção.
Ao ver o pavor que sentiam as Rãs em fuga, uma das Lebres se volta e diz às companheiras:
_Não devemos mais fazer isso que combinamos minhas amigas! Sabemos agora, que existem criaturas muito mais medrosas que nós!
Texto 4
Os Viajantes e a
Árvore
Assim, depois de deitarem-se debaixo daquela refrescante e oportuna sombra, já relaxados e aliviados do escaldante calor, um dos viajantes, ao reconhecer que tipo de árvore era aquela, disse para o outro:
_Como é inútil esse Plátano! Não produz nenhum fruto, e apenas serve para sujar o chão com suas folhas.
_Criaturas ingratas!_ disse uma voz vinda da árvore. _Vocês estão aqui sob minha refrescante e acolhedora sombra, e ainda se atrevem a dizer que sou inútil e improdutiva?
Plátano: Espécie de árvore ornamental de
grande porte.
Texto A
A Mulher e o
Balde de Leite
Enquanto caminhava, feliz da vida, dentro de sua cabeça, os pensamentos não paravam de chegar. E consigo mesma, alheia a tudo, planejava as atividades e os eventos que imaginava para os dias vindouros.
"Este bom e rico leite me dará um formidável creme para manteiga. A manteiga eu levarei ao mercado, e com o dinheiro comprarei uma porção de ovos para chocar. E Como serão graciosos todos os pintinhos ao nascerem. Até já posso vê-los correndo e ciscando pelo terreiro. Quando o dia primeiro de maio chegar, eu venderei a todos e com o dinheiro comprarei um adorável e belo vestido novo. Com ele, quando for ao mercado, decerto serei o centro das atenções. Todos os rapazes olharão para mim. Eles então virão e tentarão flertar comigo, mas eu imediatamente mandarei todos cuidarem de suas vidas!"
Enquanto ela pensava em como seria sua nova vida a partir daqueles desejados acontecimentos, desdenhosamente jogou para trás a cabeça, e sem querer deixou cair no chão o balde com o leite. E todo leite foi derramado e absorvido pela terra, e com ele, se desfez a manteiga, e os ovos, e os pintinhos, e o vestido novo, e todo seu orgulho de leiteira.
Texto B
A raposa e a cegonha
A raposa
e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras.
Certo
dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa
apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela foi tudo muito fácil,
mas a cegonha pôde apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.
_Sinto
muito._ disse a raposa_ Parece que você não gostou da sopa.
_Não
pense nisso_ respondeu a cegonha_ Espero que, em retribuição a esta visita,
você venha em breve jantar comigo.
No
dia seguinte, a raposa foi pagar a visita.
Quando
sentaram à mesa, o que havia para jantar estava contido num jarro alto, de
pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o
focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
_Não
pedirei desculpas pelo jantar._disse a cegonha_ Assim você sente no próprio
estômago o que senti ontem.
Texto C
O Asno, a
Raposa, e o Leão
Depois do pacto firmado, entraram na floresta em busca de alimento. Não foram muito longe e logo encontraram em seu caminho um Leão.
A Raposa, vendo o perigo iminente, aproximou-se do Leão e lhe propôs um acordo.
Combinou que o ajudaria a capturar o Asno, desde que lhe desse a sua palavra de honra, de que ela não seria machucada.
Diante da promessa do Leão, a Raposa atrai o Asno para uma gruta, e o convence a entrar dizendo que ali ele estará em segurança.
O Leão ao ver já garantido o Asno, por estar encurralado na gruta, deu um bote e agarrou a Raposa.
Mais tarde, quando estava com fome, voltou e atacou o Asno.
Texto D
As Árvores e o
Machado
Um homem foi à floresta e pediu às árvores, para que estas lhe doassem um cabo para o seu machado novo.
O conselho das árvores, composto pelos Anciãos considerados sábios, então concorda com o seu pedido, e lhe ofertam uma jovem Árvore, para este fim.
E logo que o homem coloca o novo cabo no machado, começa furiosamente a usá-lo, e em pouco tempo, já havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores daquele bosque.
Um velho Carvalho, observando a destruição à sua volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho:
_O primeiro passo, este sim, significou a perdição de todas nós. Se tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, também teríamos preservado os nossos, e poderíamos ficar de pé, ainda por muitos anos.
Atividade 4: Criar fábulas a partir de “morais” pré-estabelecidas.
Morais para produção de texto
1. As aparências enganam.
2. A união faz a força.
3. Aqui se faz. Aqui se paga.
4. É melhor prevenir do que remediar.
5. Os últimos serão os primeiros.
6. Quem tudo quer, nada tem.
7. Quem semeia vento, colhe tempestade.
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