terça-feira, 11 de agosto de 2020

Artigo de opinião: A longa trajetória de luta feminina - Rita Vasconcelos

 

A longa trajetória de luta feminina

 

Escolher o que vestir, poder jogar futebol, poder tirar carteira de motorista. Poder emitir sua opinião.

Escolher com quem se relacionar. Ter liberdade sexual, decidir quando ter filhos ou se vai ou não ter filhos.

Decidir com quem vai se casar, se quer ou não adotar o nome do cônjuge. Poder se divorciar sem sofrer discriminação. Ter direito a requerer a guarda dos filhos em caso de separação.

Poder frequentar escolas e universidades, ingressar no mercado de trabalho formal, ter independência financeira, ter cartão de crédito, assumir cargos de liderança.

Ser amparada pela lei diante da violência doméstica ou sexual. Poder votar e ser votada. Ter voz nas decisões políticas da sociedade. Ter seus direitos reconhecidos pela Constituição Federal.

Todos esses direitos sempre pertenceram à maioria dos homens. Já para as mulheres, todas essas conquistas só foram alcançadas depois de longos anos de cerceamento, graças às bravas mulheres que ousaram enfrentar as imposições da sociedade, quebrar barreiras e tabus, desconstruir padrões e lutar por igualdade.

Hoje em dia, para muitos pode existir a sensação de que há igualdade entre homens e mulheres. Porém, o machismo institucionalizado faz com que mulheres, principalmente as de classes mais baixas, fiquem vulneráveis ao julgamento da sociedade patriarcal e tenham, assim, sua voz silenciada e sua participação na sociedade restringida.

Por tudo isso, as lutas femininas do passado devem ser lembradas e honradas, servindo de inspiração para as mulheres do presente refletirem sobre quais são as novas batalhas que merecem ser travadas em busca de igualdade de direitos.

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