domingo, 5 de março de 2017

Intertextualidade: Novas versões para contos de fada - Textos dos alunos



Os textos a seguir são produções de alunos do oitavo ano do ensino fundamental - 2017. O objetivo era criar versões modernas para contos de fada clássicos. 

A verdadeira riqueza

Ele era o príncipe da pequena cidade, reinava soberano, pois não havia problema que não pudesse ser resolvido com o dinheiro de seu pai. Vivia em seu castelo com 3 suítes, piscina, sauna e quadra de futebol; andava em seu cavalo branco, ou melhor, nos 162 cavalos de sua Ducati branca; e o que não faltava a seu lado eram princesinhas.
Filho de um grande fazendeiro, não estudava mais no colégio particular da cidade, pois, além de não ser o que se possa chamar de um bom aluno, havia sido expulso depois de inúmeras vaciladas seguidas de novas oportunidades muito bem pagas pelos papais superprotetores.
No único colégio público que o aceitou, somente graças a uma ordem judicial, as meninas se dividiam em duas classes: as que adoravam Gean Michel e as que amavam Gean Michel; e os meninos se dividiam também em duas classes: os que invejavam Gean Michel e os que queriam ser Gean Michel.
Pelo menos era assim que o playboyzinho Gean Michel pensava até a chegada de André, um aluno novo vindo de outra cidade.
André vinha de uma cidade pobre, com roupas velhas, o cabelo todo bagunçado, mas sempre com um sorriso no rosto.
Ele foi colocado na sala de Gean Michel, o tal “famosinho” da escola.
Mesmo Gean sendo ignorante e hipócrita, sua beleza e seu dinheiro lhe traziam vantagens. Enquanto André não tinha fama, nem dinheiro, nem beleza, mas com sua humildade, seu respeito e toda sua gentileza, se tornou o carinha mais popular da escola. Seu sorriso era encantador, conquistava qualquer menina.
Foi aí que o “playboyzinho” rodou, descobriu que a melhor riqueza é aquela que está dentro do coração, e é pelo coração e de coração que as pessoas aprendem a gostar da gente.

Anna Carolyne Jaffet – 8º ano 9

A garota da jaqueta vermelha

Eliza olhava entediada para a tela do computador. Digitava algumas palavras no MSN para uma ou duas amigas e suspirava entediada. Não tinha nada para fazer, só aquele trabalho chato de matemática, mas Eliza nem pensava em olhar para os cadernos. Depois de terminar o namoro estava chateada demais para pensar em qualquer coisa. Não tinha ânimo nem para ir à balada, pois sabia que certamente iria encontrar com ele.
Ela continuaria a noite toda assim: conversando com as amigas e tomando sorvete para afogar a mágoa quando sua mãe chegou ao quarto e disse:
_Eliza, preciso que você vá até a casa da sua avó para mim.
_Que saco, mãe. Tô ocupada.
_ Ocupada estou eu que não fico o dia inteiro no computador. Levante já daí e faça o que mandei ou vou dar um jeito nessa porcaria.
Eliza bufou, resmungou, despediu-se de suas amigas e foi até a cozinha onde sua mãe preparava uma cesta.
_Estou colocando a insulina dela aqui... Também coloquei umas frutas e alguns produtos para diabéticos que comprei em Patos. Se você sair depressa ainda pega o ônibus.
Eliza foi até o quarto, colocou sua jaqueta com capuz vermelho, pegou seu celular e ainda resmungando saiu. Eram seis e dez da noite, o ônibus sairia às seis e quinze.
No caminho para pegar o ônibus, faltavam apenas 5 minutos e ela passa por uma senhora que oferece a Eliza uma taça dizendo que era mágica, mas ela teria que dar sua jaqueta vermelha em troca.
Eliza não quis, mas enquanto ela não trocou, a senhora não a deixou passar.
Faltavam apenas 3 minutos para o ônibus sair, só que o ônibus, que era o último, havia saído 5 minutos mais cedo naquele dia, então já tinha passado pelo ponto em que Eliza estava.
A menina ficou bem chateada, pois a casa de sua avó era bem longe. Então ela teve uma ideia bem louca: usar a taça mágica.
Eliza tremendo de frio pediu com toda sua alma para ir à casa de usa avó de forma segura. E foi isso o que aconteceu, num passe de mágica ela estava na casa de sua avó e era 18:10, o mesmo horário. Foi como se o tempo tivesse parado.
Ela amou muito a taça, mas não disse a ninguém. Entrou na casa de sua vovó, entregou-lhe a cesta e foi embora.
Na hora de ir embora, Eliza desejou ir para casa, mas ela apareceu no ponto de ônibus a uns 4 minutos de sua casa.
Passando por lá estava a velhinha que disse para devolver sua taça, e ela devolveria sua jaqueta. Eliza achou melhor destrocar, e então ela chegou segura em casa, mas não disse nada para a mãe.
Eliza dormiu com sua jaqueta pensando no ex-namorado. No outro dia rapaz bateu na porta pedindo para reatarem o namoro porque não aguentava mais ficar longe dela. Eles voltaram e agora Eliza está feliz, mas mal sabia ela que a magia não estava na taça e nem na jaqueta, a magia estava nela mesma.
Laryssa Carvalho de Paula – 8º ano 18. 
 
O estranho no ônibus

Eliza olhava entediada para a tela do computador. Digitava algumas palavras no MSN para uma ou duas amigas e suspirava entediada. Não tinha nada para fazer, só aquele trabalho chato de matemática, mas Eliza nem pensava em olhar para os cadernos. Depois de terminar o namoro estava chateada demais para pensar em qualquer coisa. Não tinha ânimo nem para ir à balada, pois sabia que certamente iria encontrar com ele.
Ela continuaria a noite toda assim: conversando com as amigas e tomando sorvete para afogar a mágoa quando sua mãe chegou ao quarto e disse:
_Eliza, preciso que você vá até a casa da sua avó para mim.
_Que saco, mãe. Tô ocupada.
_ Ocupada estou eu que não fico o dia inteiro no computador. Levante já daí e faça o que mandei ou vou dar um jeito nessa porcaria.
Eliza bufou, resmungou, despediu-se de suas amigas e foi até a cozinha onde sua mãe preparava uma cesta.
_Estou colocando a insulina dela aqui... Também coloquei umas frutas e alguns produtos para diabéticos que comprei em Patos. Se você sair depressa ainda pega o ônibus.
Eliza foi até o quarto, colocou sua jaqueta com capuz vermelho, pegou seu celular e ainda resmungando saiu. Eram seis e dez da noite, o ônibus sairia às seis e quinze.
Seis e quinze ela entrou no ônibus, mas não era um ônibus qualquer. Ele estava com os vidros quebrados, bancos estraçalhados e lá acontecia vários assaltos repetidamente.
De repente entra um homem meio estranho e senta perto de Eliza. Ele fica olhando para a cesta dela e pergunta o que tinha na cesta. Ela responde que havia frutas e produtos para diabéticos para entregar a sua avó.
O homem pergunta onde a avó da menina morava. Esperta, ela fala que morava em um sítio. Só que, mal sabia ela que o homem sabia qual era o sítio e foi direto para lá, esperando para matar as duas.
Então a menina saiu o ônibus e passou por uma estrada para chegar no sítio e enquanto isso o homem tentava entrar na casa da avó da menina.
De repente a vovó escuta um barulho, vê o homem e liga para a menina, falando para ela chamar a polícia. Eliza faz isso e sai correndo para a casa da vovó.
Quando chega lá, vê o mesmo homem que perguntou as coisas para ela no ônibus apontando uma arma para a cabeça de sua avó e então ouve-se um barulho: “bang”. Um policial acerta a perna do assassino que estavam procurando e o prendem.
Então Eliza acorda assustada e percebe que tudo havia sido um pesadelo.

Junio Moises de Oliveira – 8º ano 7.


 

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